Esta novela João Mário já cansa um pouco, e claramente que o Benfica está fortemente investido nela. A prova disso mesmo é a ver a quantidade de soldadinhos do Benfica, sejam eles na impressa escrita, comentadores da televisão e a cartilha que andam a passar.
Segundo essa cartilha as cláusulas assinadas entre o Sporting e o Inter de Milão são inválidas, e que há até já decisões sobre isso no passado.
A verdade é que até agora nenhum contrato com estas cláusulas foi levado a tribunal. Tal como é verdade que a cláusula existe no caso de João Mário e é clara: caso o João Mário seja inscrito por um clube que não o Sporting na FPF o Inter de Milão terá de pagar 30 milhões de euros ao Sporting.
Isto são os factos, e foi assinado de livre vontade entre todas as partes. Depois entra em campo a especulação.
Será que a cláusula em tribunal é considerada contrária à lei geral e considerada nula? Talvez, não sou jurista para saber, mas já ouvi muitas decisões para ambos os lados.
Já o ano passado falara com um jurista amigo sobre isto, e a resposta dele foi haver uma hipótese séria de ser considerada nula em tribunal. Mas ao que ao mesmo tempo estava longe de ser certo isso, e os valores em causa são de tal formas altos que fizeram até hoje ninguém as contestar.
Sei de três ou quatro casos em que jogadores não foram para um dos grandes porque os clubes não quiseram arriscar. Até hoje ninguém quis arriscar, e será que o Inter quererá? Por muito que o Benfica possa assumir os encargos caso perca, é sempre um risco elevado.
E claro, conhecendo os tribunais é algo que levará anos a ser decidido, como tal é um processo que poderá levar um arrastar enorme de recursos em tribunal, e poucos clubes querem.
Penso que este desgaste mediático por parte do Benfica e dos seus soldadinhos serve para tentar forçar o Sporting a deixar o caso em paz, e aceitar um acordo mínimo para não activar a cláusula.
Tendo em conta que o Sporting não perde grande coisa em obrigar o Benfica a mostrar o bluff, penso que Frederico Varandas só tem que ir até ao fim e fazer honrar a cláusula.
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