Portugal com a vitória frente à Albânia colocou-se com um pé e meio no Europeu de França em 2016. Basta agora um ponto, com dois jogos por realizar, para selar matematicamente o apuramento. E isto se a Albânia ganhar os dois jogos que lhe faltam. Parece um apuramento muito acima da média. Mas de novo penso que Fernando Santos voltou a falhar. E existem três casos que me fazem imensa confusão.
Eliseu e Raphäel Guerreiro
O lateral esquerdo do Benfica possuiu um remate de longe com alguma força e até colocação. Isso tenho de admitir. Mas de resto é frágil tanto a defender como a atacar. Não sendo jovem não é um projecto de futuro. E por outro lado existe Raphäel Guerreiro. Jovem, talentoso, a crescer e com meia Europa de volta dele. Quem utiliza Fernando Santos? O jogador do Benfica. Podem achar que é teoria de conspiração, mas a única coisa que penso que possa puxar mais para este jogar é ser do mesmo clube do selecionador nacional.
Utilizar dois trincos
Sou sincero, não me choca nada ver uma equipa entrar com dois médios defensivos, vulgo trincos, em campo. No caso da nossa selecção ao defrontarmos a Alemanha, Argentina, entre outras, não me choca nada mesmo. Num jogo contra a Dinamarca custar-me-ia ver uma estratégia destas. Agora contra a Albânia? Eu até respeito esta selecção, que tem feito um apuramento de excelente nível. Mas jogar com tamanhas cautelas é tudo menos lógico.
Para mais este tipo de construção táctica joga muito da sua força em usar médios interiores móveis e com grande capacidade tanto vertical, como horizontal. Ora tendo em João Mário o jogador com essas exactas características, um enorme potencial, e até boa forma, porque raio se joga com dois trincos? Ou então porque se usa um desses trincos numa lógica de adaptação a médio centro. Fora João Mário também Adrien poderia ter sido a escolha normal.
André André também detém essas características, e tendo em conta que alinhou em dois dos três jogos que o Porto realizou na liga seria uma escolha também mais lógica.
A Utilização de Danny no Losango
Vou fazer um mea culpa. Gosto muito do estilo de jogo e qualidade de Danny. Pensei mesmo que podia ter voltado ao Sporting neste defeso, e encarava isso mesmo com satisfação. Mas uma coisa é óbvia para toda a gente. Na táctica em que Danny é sempre usado na selecção Portuguesa ele não rende. Quantos mais jogos vão ter de se ver do talentoso Madeirense para se perceber que nesta táctica ele não rende o suficiente para estar em campo? Se formos jogar num 4-2-3-1, com um homem atrás de um ponta de lança fixo, será o nosso homem. Como alternativa nas alas, após Ronaldo, Nani e Quaresma, é uma solução de valor. Agora no Losango, por favor não. Já se percebeu que não é o lugar dele.
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