Hoje de manhã, o jornal Record publicou um artigo acerca de um confronto entre Pedro Proença e Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação e responsável pela pasta do desporto.
Pedro Proença confrontou Tiago Brandão Rodrigues no Dragão
Atitude do ministro da Educação indignou o presidente da Liga após a final da ChampionsOs momentos que seguiram à final da Liga dos Campeões, no Dragão, foram explosivos entre Pedro Proença e Tiago Brandão Rodrigues.
O presidente da Liga entrou em rota de colisão com o ministro da Educação e, segundo testemunhas próximas do local onde tudo aconteceu, a altercação verbal subiu de tom e só não escalou ainda mais devido à pronta intervenção alguns elementos, entre eles o próprio secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.
No parque de estacionamento do estádio, já depois do Chelsea ter derrotado o Man. City com um golo de Kai Havertz, Proença cruzou-se com os governantes e enquanto apresentava os habituais cumprimentos ouviu um comentário desagradável de Brandão Rodrigues sobre a carta que que os clubes profissionais enviaram ao ministério há sensivelmente dois meses (22 de março), reclamando apoios para o sector, e que entendem não ter recebido qualquer resposta clara por parte do Governo.
O remoque do ministro foi uma referência à posição pública do líder da Liga, assumida na passada segunda-feira, prometendo convocar os clubes para “tomarem uma posição clara e objetiva em função do que tem sido a discriminação em relação” ao futebol.
Pelas informações que recolhemos, o dirigente máximo do futebol profissional indignou-se e verberou o comportamento do ministro frisando estar “há seis anos à espera que o futebol seja tratado com dignidade”. Fonte da Liga, confrontada pelo nosso jornal, admitiu após um contacto inicial que Pedro Proença efetivamente trocou palavras com Brandão Rodrigues mas sem adiantar mais pormenores a respeito do incidente.
Entre outras frases que terão sido ditas, é certo que Proença frisou, grosso modo, que “depois do que aconteceu no Dragão nunca mais pode haver nenhum evento desportivo, em estádio ou pavilhão, sem público em Portugal”, acusando ainda ser “uma vergonha” a forma como o futebol tem sido tratado pelo detentor da pasta da Educação, isto enquanto João Paulo Rebelo procurava acalmar os ânimos que chegaram a estar exaltados.
Certo é que pelo menos parte das reclamações que ecoaram pelo parque de estacionamento do Dragão já tinham sido sublinhadas novamente por Pedro Proença, pouco tempo após o final do encontro, na sua página de Facebook. Uma mensagem que, segundo garantia da mesma fonte da Liga, foi pensada e publicada antes do bate-boca com o integrante do Governo de António Costa.
“Foram mais de 14 mil pessoas esta noite no Estádio do Dragão, mais de 14 mil pessoas a vibrar e a colorir as bancadas. Depois de um acontecimento como este, ninguém irá compreender que haja em Portugal, a partir de hoje, um único evento desportivo sem público. Por isso, temos a certeza que depois de hoje os adeptos voltarão ao lugar onde pertencem! Também acreditamos que depois de hoje, depois dos benefícios fiscais dados à UEFA, o tratamento para com o Futebol Profissional mudará. Com certeza que agora o Governo responderá positivamente às exigências que temos vindo a fazer para baixar os custos através de novos enquadramentos fiscais. Depois deste incentivo dado à UEFA, estamos certos que terão a mesma atenção para com o Futebol Profissional Português”, sublinhou Proença ainda durante a noite nas redes sociais.
in Record: https://www.record.pt/futebol/detalhe/pedro-proenca-confrontou-tiago-brandao-rodrigues-no-dragao?ref=HP_DestaquesPrincipais
Não é aceitável o que aconteceu ontem. Os adeptos portugueses passaram a época inteira sem poder apoiar o seu clube no estádio. Os Sportinguistas foram impedidos de festejar a conquista do 23º campeonato com a sua equipa. Se, por grande parte do campeonato, compreende-se a decisão, já não se compreende a mesma na ponta final do campeonato. E muito menos se compreende quando vêm para o nosso país adeptos estrangeiros que puderam assistir e celebrar a conquista da Champions League do seu clube.
Recorde-se que, há duas semanas, os adeptos Sportinguistas foram presenteados com balas de borracha, gradeamento repressivo, bastonadas cegas e um comportamento pouco digno da Polícia. Tudo isto resultou num ferimento grave que pode significar a perda de vista de um olho dum adepto Sportinguistas. Sem uma palavra sequer de qualquer ministro.
Recorde-se também que o Governo aprovou medidas de isenções fiscais para a UEFA como incentivo para trazer a final da competição para Portugal. Uma final que mais nenhum país quis.
Um presidente da Liga farto do tratamento dado pelo ministro responsável pela pasta de Desporto que, imagine-se, ainda tem a lata de mandar “bocas” num parque de estacionamento.
Tiago Brandão Rodrigues, faça um favor a todos os portugueses: demita-se.
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