Sporting vs Belenenses – Que Dupla Utilizar?

Esta segunda feira o Sporting entra em campo para um derby. Desta feita não contra o rival de Carnide, mas contra o clube de Belém. Entre muitas questões que se põe, uma das mais interessantes passa pelo eixo da defesa.

Pela primeira vez em muito tempo Paulo Oliveira, Ewerton e Naldo estão disponíveis para serem utilizados. Tobias Figueiredo é um jovem talentoso, com uma envergadura física e disponibilidade impressionantes, mas neste momento não está ao nível dos outros três, por isso a decisão deverá passar por dois deles.

O que oferece cada um deles em relação aos outros? E quem escolheria caso fosse o treinador?

Comecemos pelo Paulo Oliveira. Um central inteligente, de longe o mais inteligente do trio, com muita margem de evolução. Para juntar a isso demonstra a cada dia que passa o surgimento de características de liderança. Não uma liderança expansiva. Mas sente-se que na sua sobriedade os outros membros da defesa encontram uma tranquilidade para decidirem da melhor maneira. Tem apenas menos um centímetro que os seus colegas brasileiros (1,87 m), logo não é por aí que perde lugar.

Ewerton é um central longilíneo. Apesar de ter uma altura semelhante a ambos os colegas, parece sempre o mais ligeiro deles. Isto muito por fruto da sua velocidade. Esta é a usa maior arma, que usa tanto para compensar algum deslize que tenha, como para recuperar metros após uma acção ofensiva que tenha. É também dos três quem tem melhor técnica, e melhor tempo de desarme. No entanto é o menos acrescenta em termos de liderança.

Já Naldo é o mais lento, com menos técnica, e menos capacidade de integrar o jogo colectivo ofensivo. Isto fora nas bolas paradas, pois aí mostra todo o seu querer. Senhor de mais capacidade física que os colegas, imprime a sua força a todos os lances em que entra, ofensiva ou defensivamente. Senhor também da melhor impulsão dos três, e uma boa técnica de cabeceamento. Junta a isto a inteligência de perceber as suas limitações, e opta sempre por decisões simples e descomplicadas. A garra que imprime a todos os lances acaba por ser uma forma diferente de liderança, pelo exemplo e pelo querer.

Temos três excelentes centrais, e com características diferentes. Coisa que não me lembro de acontecer há muitos anos. Talvez desde a altura de Beto, André Cruz e Phill Bab. Mas isso é a melhor coisa que um treinador pode ter! Escolhas, e é pago para tomar boas decisões. Como tem feito por sinal.

 


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