Ontem quando ouvi pela primeira vez a história de que Marco Cruz viria para o Sporting peguei logo no telemóvel e enviei umas mensagens para um olheiro meu amigo para lhe perguntar se era o capitão dos sub-17 do Porto, que já tinha sido nos escalões anteriores.
Quando a resposta veio positiva fiquei baralhado. Normalmente só vejo jogos deste escalão contra o Sporting, logo um par de jogos por ano, mas era daqueles que saltavam à vista.
Um jogador com um passe longo fantástico, tanto vertical como a virar o flanco de jogo. Sempre uma força física acima da média, e uma inteligência ainda maior.
O meu amigo confirmou-me que era mesmo ele, e que actualmente tinha andado a circular entre a ala esquerda da defesa e meio-campo, umas experiências a central, e continuava a brilhar especialmente a médio centro.
Não percebi como era possível o Sporting ir buscar o Marco Cruz, especialmente quando me foi confirmado que é visto no meio como o maior talento do Porto desta geração, e um dos maiores a nível nacional, se não mesmo o maior.
Quando surgiu a notícia que era uma troca com Rodrigo Fernandes deu-se o clique. Provavelmente para cumprir o fair play financeiro, quando não tem dinheiro para nenhuma compra ou renovação, o Porto teria de fazer uma troca valorizando alto cada um dos dois jogadores, para desta forma ficar dentro das margens. O mesmo que a Juventus e o Barcelona fizeram no ano passado, sendo que o Barcelona como clube que estava mais enrascado ficou com a parte pior do negócio.
O Porto também precisava de um seis posicional para compor o plantel. Só tendo Grujic e Uribe, e que muitas vezes jogam juntos, precisavam de mais um, e não há dinheiro para comprar.
Daí se depreende que tenham pedido uma troca com Rodrigo Fernandes, que tinha sido visto por Silas como tendo muito potencial, e que estava sem grande utilização por Rúben Amorim.
Agora como é que o Sporting os conseguiu convencer a abrir mão de Marco Cruz por ele é uma incógnita. Marco Cruz tem muito mais potencial que Rodrigo Fernandes. Também é bem mais novo, com 17 anos contra os 20 de Rodrigo.
E depois há toda uma colecção de histórias e rumores sobre Rodrigo Fernandes. Basicamente é visto como um jogador pouco profissional, apesar de ter talento. Será que o Porto acredita que mantém a capacidade de domar jogadores complicados que tinha nos anos 90 e 2000’s?
Provavelmente será isso, mas mesmo assim trocar o jogador com mais potencial da academia deles por um mediano nosso. Imaginem trocarmos o Gonçalo Inácio o ano passado pelo Diogo Queirós. Seria algo semelhante.
Posso estar enganado, mas acho que desta vez acho que quem foi enganado, e à grande, foi o Porto. Isto depois de termos sacado o Gonçalo Esteves fazem parecer que o Porto entra numa fase Godinho Lopes. E sinceramente se podermos aproveitar com isso, nem hesito.
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