Jaime Marta Soares em Fevereiro de 2018 decidiu que era mais importante os sócios votarem logo do que esperar que se gerasse uma grande discussão sobre as alterações de estatutos promovidas pela direcção vigente. Como tal decidiu que se abririam as urnas de imediato mal fossem abertos os trabalhos dessa Assembleia Geral, ignorando assim o debate democrático com o argumento que era a continuação de uma Assembleia anterior onde já se havia discutido muito.
Passados uns meses a 23 de Junho de 2018 foi decidido que também não haveria necessidade de ouvir os sócios na Assembleia Destituitiva porque já muito havia sido falado sobre o caso. Percebi no entanto a vontade de se fazer uma votação o mais rápido possível, tendo em conta os milhares que compareceram a esta chamada.
Já quando se votou a expulsão de sócio de Bruno de Carvalho voltou a ser usado o argumento da elevada comparência para voto, mas sinceramente isto já passou das marcas visto ter limitado o direito à defesa do ex-Presidente, ainda que aceite que houve muita gente a votar e que seria confuso estarem todos presentes.
Agora todos fomos informados que na Assembleia Geral de 10 de Outubro de 2019, uma Assembleia Ordinária de apresentação de contas, e sua votação, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Rogério Alves, resolveu de novo abrir as urnas antes de qualquer discussão sobre os temas em causa e explicação dos mesmos.
Isto é uma Assembleia Geral, é feito para se falar, discutir e debater. Volta a ser transformada num referendo para quem pode estar em Lisboa que na realidade não passa de um atropelo completo à democracia no clube.
Se querem passar a fazer referendos sobre os assuntos em vez de Assembleias Gerais alterem os estatutos para passarem a ser nessa óptica. E por favor façam votar essa alteração estatutária em sede de Assembleia Geral tradicional, não mais uma destas aberrações de referendos mascarados.
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