Abel Ferreira sempre me pareceu um bom treinador, desde o seu início nos escalões mais jovens do Sporting, e foi um jogador que enquanto envergou a camisola do Sporting sempre honrou o mesmo. Por isso sempre me custou um pouco vê-lo no Braga, sempre subserviente ao Benfica por ordens superiores, e a ter atitudes menos positivas em jogos connosco, tal como também é promovido por António Salvador.
O que é certo é que ambas pareciam sempre ordens de cima, e nunca se pode ver o verdadeiro Abel em Braga frente ao Benfica. Para perceber de quando já vem isto podem ler este texto de 2018, sobre o mesmo tema com os factos da subserviência do Braga ao Benfica (aqui).
Mesmo Rúben Amorim, que este ano ganhou ao Benfica com o Braga, tem um histórico de confrontos com Vieira antigo, e pouca simpatia dele, daí se perceber que tenha ignorado um pouco isso, e com um golo do nosso Palhinha.
Mas voltemos a Abel. Hoje não foi forçado por cima a jogar aberto contra o Benfica, e usou as armas todas que tinha para ganhar o jogo. Posicionou a equipa defensivamente bem, pressionou forte as unidades chaves de Jorge Jesus, e no fim deu-lhe o chamado banho táctico.
Abel Ferreira provou assim que quando o deixam é um bom treinador, e quem sabe um dia possa vir a ser um excelente treinador. Já se adivinhava quando se via o mesmo a jogar com a verde e branca, mesmo não sendo o jogador mais rápido ou mais técnico era extremamente útil pelo que valia a sua cabeça.
E essa cabeça passa para a mente de treinador, e hoje mostrou que o tao afanado mestre da táctica, lambido por toda a imprensa, que gosta de bem jantar de borla, mas que no fundo depois de estoirar mais de 80 milhões em reforços, queima agora ao seu clube mais 40 milhões num apuramento falhado.
Na imprensa amanhã virão, no entanto, todas as desculpas do mundo, em vez de vir os elogios a um excelente, e jovem, treinador português, Abel Ferreira.
Parabéns Abel!
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