Neste momento somos o líder isolado da Liga Portuguesa. Temos uma equipa estruturada, que joga bom futebol, e tem um potencial para ainda crescer mais. Ainda por cima reforçamos bem a equipa neste mercado de Inverno, coisa rara.
Passámos, segundo as casas de apostas, de um long shot para o título, com menos de 10% de chances de ganhar, para o clube, de acordo com essas mesmas casas de apostas, com maior chance de levantar o troféu este ano.
A última vez que fomos campeões já lá vai há muito, demasiado, e torna-se difícil controlar a euforia a crescer a cada jogo que passa. Não acredite que haja algum Sportinguista, digno desse nome, que neste momento não esteja a ver crescer dentro de si a esperança de voltar a festejar o título nacional. Por muito que nem queira dizer isso para não trazer azar.
Depois vem Rúben Amorim dizer, repetindo o que diz desde a primeira vez que falou enquanto treinador do Sporting, que apenas lhe interessa o próximo jogo. Que tem de ser jogo a jogo, e no final logo se vê.
Os jornalistas não cessam, quase que exigindo que Rúben Amorim se declare como candidato ao título. Comentadores e adversários tentam por tudo que o faça. Mas o que ganha o Sporting em assumir uma candidatura a seja o que for?
Se o Sporting pensar sempre em ganhar o próximo jogo, e o conseguir, na última jornada entrará em campo como campeão nacional, é um facto neste momento. No entanto assumir candidaturas, ou seja, o que for não ajuda em nada o Sporting, e pode até trazer algumas desvantagens psicológicas.
O Sporting tem um grupo unido, como vi poucas vezes, mas muito jovem. As arbitragens continuam a ser claramente punitivas para nós e o risco de nos tirarem pontos existe. Além de que os nossos adversários, dois deles com orçamentos muito superiores ao nosso, continuam aí e estão longe de estar mortos.
Estamos bem, estamos felizes claramente, e a esperança existe. Mas vamos concentrar no próximo jogo apenas, desta feita frente ao Gil Vicente em Barcelos na próxima terça-feira, pelas 21:00. E a ganhar esse jogo sim temos de ser candidatos, o resto virá por acréscimo.
Gozando o momento, direi que o jogo a jogo permite um gozo mais refinado e prolongado pela diferença temporal entre os jogos…
Depois, há o mês a mês: era para ser até ao final de Novembro, que vinha aí o Natal e seria até ao final de Dezembro; depois até Janeiro e, agora, no final de Fevereiro fazemos contas.
Por mim, vou pela ansiedade do que tenho mesmo à frente, mas gozando, de cátedra, o que os aziados deixaram para trás – pensando muito no que disse a Sra Ministra da Saúde: “Façam como o Sporting, mantenham o distanciamento”.
Obedientes e zelozos, até o aumentamos. Pois que assim continuemos!
SL