Ontem foi confirmada a saída de Marcos Acuña dos quadros do Sporting Clube de Portugal, a troco de cerca de 10 milhões de euros, desembolsados pelo Sevilha. E desde logo podemos dizer que é um negócio discutível.
Marcos Acuña era nos últimos anos um dos melhores jogadores do Sporting, e um dos lideres de assistências. Negar estes factos é tentar fechar os olhos à realidade. Isso não retira no entanto que talvez tenha sido um jogador que rendeu muito menos ao Sporting do que se esperaria quando foi contratado.
Quando chegou Marcos Acuña entrou direto no top 5 das transferências mais caras de sempre do clube, e vinha com o rótulo de melhor jogador do campeonato argentino, e já como internacional pela selecção albiceleste.
Pagando bem por um atleta, que já vinha na idade de render, e não uma jovem promessa, de uma das selecções de topo mundial esperamos que chegue e seja uma das estrelas da equipa. Que não seja apenas bom, que seja um dos melhores e que puxe os outros com ele.
Por outro lado falar da sua lealdade é algo complexo, especialmente por causa de Alcochete. Nunca esquecerei que foi um dos reais culpados daquela escalada de problemas, e depois que efectivamente tentou rescindir. Se falhou por problemas burocráticos acabou por ser um acaso, mas a intenção esteve lá.
Nas épocas seguintes o rendimento foi caindo, sendo dos melhores apenas porque cada vez havia poucos realmente bons. Hoje sai, e ainda seria dos melhores jogadores do plantel.
No entanto havendo Nuno Mendes, com o potencial louco que tem, Nuno Santos, que faz nesse lugar das suas melhores posições, e ainda Borja e Antunes para um desenrasque deixa-me confortável com a saída.
Não que ache que seja um bom negócio, não foi mesmo. Se chegamos a recusar propostas de mais de 15 milhões, e ainda vamos pagar comissões e metade do fundo de compensação, cerca de 10 milhões sabe a pouco.
É um jogador que irá ficar na minha memória pelas melhores razões, dentro de campo foi sempre um guerreiro e um armador de jogo acima da média. Esperava ainda mais, e o negócio de saída não é brilhante. Enfim, muitas contradições num jogador que acabou por ser sempre muito contraditório.
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