Portugal é campeão da Europa em título. Muito se deve ao trabalho que Fernando Santos fez nesse Europeu.
Trocou a nossa tradicional paixão pelo futebol quente e artistico por uma férrea vontade de não perder nenhum jogo. Mais até do que ganhar o jogo em si. E com isso chegar nem que fosse aos penaltis. E isto numa prova a eliminar como o Europeu, dá para ganhar. Como e bem o provou.
A linha defensiva lenta
Numa estratégia como esta, com um bloco baixo e recuado, a velocidade, ou falta dela, dos centrais acaba por ser minimizada com o posicionamento recuado.
Ontem no entanto tal não aconteceu, tentamos ter um jogo positivo, com bola, e centrais lentos. Resultado? Bolas nas costas da defesa a apanhar a mesma sempre desprevenida.
A somar a isso a inexistência de um médio defensivo em campo, e a pouca qualidade defensiva prestada por Cancelo, e estava o caldo entornado.
Os quatro 8’s a meio campo
Adrien Silva é um excelente número 8, especialmente pela capacidade de pressão que denota. André Gomes tem muita técnica, e é um número oito de valia, por muito que esteja a atravessar um mau momento e esteja com péssima imprensa.
Já Manuel Fernandes e Bruno Fernandes são oitos de qualidade ofensiva enorme, sendo que muitas vezes nos seus clubes jogam a dez. E até tacticamente são fortes no capitulo defensivo.
Agora nenhum deles é um médio defensivo, mesmo que possam circular por essas zonas do terreno em construção.
Como defender desta forma?
Com estes dois erros na construção do onze era expectável que o jogo frente a uma equipa cheia de jogadores de qualidade como a Holanda corresse mal. Isto no entanto significa pouco para o mundial. Provavelmente iremos apresentar uma postura ultra pragmática nesses jogos também, e com um médio defensivo de qualidade sempre presente. Seja ele William Carvalho, Danilo Pereira ou mesmo Rúben Neves.
Com isto no entanto Cancelo, e mesmo Manuel Fernandes e até Adrien Silva, podem ter marcado passo nas contas para o Mundial. Mas isso são outras contas.
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