Ontem, no Observador, foi publicada a reportagem “Três propostas, Sarabia, os contratos enviados pelo PSG e powerbanks sempre à mão”. Para quem quiser saber um pouco mais dos bastidores da transferência, recomendo vivamente a sua leitura.
Realço alguns pormenores que me pareceram interessante deste artigo:
1) Local das negociações
Ao invés da política “normal” dos últimos anos, as negociações são conduzidas a partir da Academia e não a partir da SAD como era costume. O facto de termos sabido da possibilidade desta transferência apenas nas horas antes de ela se concretizar revela uma das grandes vantagens desta mudança de local: a privacidade.
Com menos pessoas à volta, que não estão directamente ligadas às transferências dos jogadores, há menos risco de se saber cá fora pormenores de negócios que possam estar a acontecer. Uma medida que me parece resguardar o Sporting de fugas de informação e que me parece bem pensada.
2) Os negociadores
Hugo Viana e Bernardo Palmeiro são referidos como os negociadores da SAD. O primeiro como director desportivo, o segundo como asessor. Fica a ideia que Hugo Viana cresceu muito como director desportivo desde que assumiu funções no Sporting.
Desde a desastrosa tripla operação no último de mercado de 2019, quando entraram Jese, Bolasie e Fernando (quem?!), até ao empréstimo/venda de Nuno Mendes por 47 milhões de euros mais o empréstimo de um jogador titular da selecção espanhola, há um progresso e evolução notório e evidente.
Bernardo Palmeiro, como advogado, terá assistido Hugo Viana em pormenores que não são do domínio do director desportivo. Uma boa dupla.
3) Frederico Varandas delega negociações
Fica cada vez mais claro que Frederico Varandas delega as operações de mercado e que acaba por ter um papel supervisório. Talvez uma das grandes diferenças e melhorias de 2019 para cá. E isto é um elogio!
Uma das qualidades que aprecio nas pessoas é saberem perceber aquilo em que não são bons e delegar em quem o faz melhor que eles. Se Varandas, que errou no mercado de Verão de 2019, aprendeu isto, melhor.
Em jeito de conclusão fica aqui o desafio para lerem o artigo todo com atenção no Observador (link). Tendo em conta que critico tantas vezes a nossa imprensa pela má qualidade, achei que desta vez, e visto ser um artigo interessante e de qualidade, valia a pena partilhar e pedir para lerem.
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