Ontem foi um dia em que os Sportinguistas foram chamados a falar e a decidir de sua justiça sobre se Bruno de Carvalho devia ou não continuar à frente do clube.
Sinceramente acho que poucos, ou mesmo nenhuns, acharam de importância a nota de culpa apresentada, nem votaram por ela. E muito menos votaram pelos restantes membros da Direcção. Tudo o que ouvi e vi naquela Assembleia resumiu-se a uma coisa: deve ou não Bruno de Carvalho continuar como Presidente do Sporting Clube de Portugal.
E por muito que tenha uma opinião diferente da maioria dos sócios, na democracia quem manda é a maioria e esta foi clara, não quer a continuidade de Bruno de Carvalho à frente do Sporting Clube de Portugal.
Há 3 meses não era o que pensava, hoje é, e no futuro quem dirá. Mas por agora este ciclo foi efectivamente fechado por decisão dos sócios. E quanto a isso nada a dizer.
As Seis Guerras
Se calhar é o que menos lhe importa, ou o que mais lhe dói não sei, mas acho que a grande maioria dos Sportinguistas lhe reconhece um excelente trabalho feito ao longo destes anos.
Muitos não se reveem na forma de comunicar, ou simplesmente estão cansados da guerra, mesmo que justa, mas essa foi a sua imagem de marca.
- Começou guerras contra empresários que viviam à custa do clube.
- Atacou ferozmente a questão dos fundos, tanto a nível nacional como internacional.
- Negou sobrepor-se o interesse individual de qualquer jogador ao clube na altura das transferências.
- Atacou ferozmente o sistema que impede a justiça nos resultados desportivos, quando as provas surgiram e muitos as ignoraram.
- Recusou a ceder um milímetro com patrocinadores quando estes tentavam nos pagar menos que aos rivais.
- Nunca aceitou que a imprensa fosse uma arma de propaganda de diversas fontes e lutou contra isso como pode.
Foram seis guerras começadas, todas elas a meu ver são justas. No entanto nenhuma delas foi finalizada a cem por cento, nem sei se seria possível fazê-lo em tão pouco tempo.
Com a soma de inimigos gerados acabou por ser algo bastante desgastante para si sem sombra de dúvida, e claramente para os seus.
O Legado
O clube que deixa nesta saída está claramente em muito melhor estado em que o encontrou.
Mesmo o plantel profissional é claramente melhor, mesmo com todas as condicionantes conhecidas.
No campo das outras modalidades então foi um trabalho fantástico. Títulos, renascimentos e claro, um Pavilhão nosso.
A isto se soma um acréscimo de mais de oitenta mil sócios, e uma vitalidade impressionante entre eles. Isto vê-se nas presenças no estádio, nas gameboxes, e até nas presenças nas Assembleias Gerais, e a de ontem foi uma prova disso mesmo.
Obrigado
Aqui fica, portanto, o meu obrigado a título pessoal. Desejo-lhe tudo de bom na sua vida, pessoal e profissional, e que tenha toda a sorte que desejo também para os meus.
O meu sincero obrigado.
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