Hoje no Record, até agora sempre o órgão favorito desta direcção, Hugo Viana vem finalmente falar sobre o estado actual do futebol, e em particular do último mercado de transferências.
Se já antes não estava muito satisfeito com a sua prestação enquanto director do futebol profissional esta entrevista fez pouco por melhorar essa impressão.
Posso falar logo do caso de Pedro Mendes e da sua não inscrição. Colocam a culpa em cima de Marcel Keizer, que era o treinador à data do fecho do mercado. Não deixa de ser verdade, mas a decisão da demissão do técnico deve ter ocorrido dias antes a 31 de Agosto no último jogo que fez como treinador principal. Entre esse dia e o fecho do mercado a 2 de Setembro já não devem ter sido suas as decisões do plantel para o resto da época. E um director desportivo competente não podia deixar a equipa com apenas um ponta de lança registado no plantel.
Isso remete para um segundo ponto quando vemos Viana a defender que há dois noves no plantel, sendo o segundo Jesé. Considerar Jesé um ponta de lança é algo mau e que faz duvidar ainda mais da competência de Hugo Viana para o cargo.
Claro que fala de coisas bonitas para o futuro, alguns lugares comuns como os pontos em disputa, e que neste mercado até demos lucro. Não que isso seja mau, mas não chega.
Isto é pouco, e precisamos de muito mais para ficar descansado. Por exemplo entrar num ciclo de vitórias rapidamente, a começar pelas recepções ao Rosenborg e Guimarães, que não se avizinham fáceis. Se começarmos a ganhar no entanto tudo de repente melhora como sempre. Pode ser injusto mas no futebol a diferença entre bestiais e bestas acaba por ser a bola entrar ou não.
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