Amanhã será o dia de mais uma vez votar para um Presidente do Sporting Clube de Portugal. Sobre a questão de votar ou não nestas eleições, já o fiz noutro texto que podem consultar também (link).
Desde que este espaço foi aberto sempre anunciei na véspera em quem votaria, e disse sempre o porquê. Também o resolvi fazer na assembleia de destituição, onde assumi desde sempre que votei Não, apesar de ter perdido.
Desde já digo no entanto que não alinhei nem alinharei com nenhuma das teorias da conspiração, tentativas baixas de manchar imagem deste ou daquele, e basear-me apenas em factos que dê como fortes, e na minha opinião.
Os excluídos à partida
Não considerei desde logo a candidatura de José Maria Ricciardi potencial alvo do meu voto. E isto tanto pelo passado de José Maria Ricciardi no Sporting, onde foi membro do Conselho Fiscal e Disciplinar desde Pedro Santana Lopes até ao fim do mandato de Godinho Lopes, órgão se mostrou incapaz em fiscalizar muito do que se passou. A sua colocação de José Eduardo como chefe do futebol em nada ajudou.
Fernando Tavares Pereira é uma figura do tecido empresarial Português respeitada, e que pelo que dizem fez uma boa campanha a nível dos núcleos de todo o país. Mas não estive em nenhum núcleo e a fraca presença que teve a nível comunicacional colocou-o como alguém que não conheço o suficiente para votar.
Rui Rego também não conhecia, mas o que foi falando não me fez achar que fosse uma escolha forte. Quando falou claramente que o seu presidente da SAD seria Paulo Lopo, que fez uma gestão que considero terrível na SAD do Leixões, garantiu que não teria o meu voto.
Frederico Varandas
Ao longo da sua passagem pelo Sporting, em especial no último ano e meio, Frederico Varandas veio-se mostrando mais a nível de imprensa. Fiz aqui artigos há mais de um ano a reconhecer o seu valor enquanto profissional aquando da contratação de Mathieu e Coentrão.
Como director clínico acho que fez um excelente trabalho, mas isso em si não é algo que me faça votar nele. Soube gerir bem um departamento, soube liderar o mesmo, e para isso é preciso alguma qualidade.
A equipa directiva que montou parece coerente, e preparada para um projecto deste nível. Francisco Salgado Zenha, na parte financeira, e Miguel Cal na parte de administração não desportiva parecem escolhas sólidas.
A questão de Rogério Alves como líder da MAG tem aqui um grande peso para mim. Nestas eleições a lista em que votar recebe o meu voto. Como não votaria nele isoladamente nele para estas eleições é um ponto negativo para toda a candidatura.
Também não gostei do envolvimento de Miguel Albuquerque nestas eleições, mesmo que considere o Miguel Albuquerque um excelente profissional. E caso Frederico Varandas seja eleito será sem dúvida um excelente director geral das modalidades. Tenho mais dúvidas sobre Vidigal e Beto, que fizeram parte dos quadros no mandato de Godinho Lopes sem grandes resultados.
Dias Ferreira
Dias Ferreira é um Sportinguista de longa data que todos conhecemos desde sempre no combate televisivo.
Também tem um currículo impressionante ao serviço do clube, onde apareceu primeiro com João Rocha, do qual chegou a ser Vice Presidente, e esteve em diversas funções em inúmeros mandatos, com cargos desde director desportivo do futebol até Presidente da MAG.
Da última vez que se candidatou à Presidência conseguiu 16% dos votos, mas penso que desta vez irá ter menos.
Tem alguns bons nomes da anterior direcção com ele, entre eles Carlos Vieira, e é reconhecido pela sua capacidade política. No entanto parece que falta alguma chama nesta candidatura e rasgo em comparação com outras.
João Benedito
O antigo capitão do nosso futsal, durante inúmeras épocas, foi apontando durante muitos anos como um caso de sucesso visto ser um atleta que acumulava funções dentro da SAD depois de ter terminado a sua formação académica com um curso superior.
Coisa que partilha com Ricardo Andorinho, antiga glória do nosso Andebol e o Vice Presidente para as finanças.
A figura de Peter Schmeichel como relações internacionais pode ser para muitos apenas uma jogada eleitoral, mas é alguém que realmente pode fazer algo pela imagem do Sporting além fronteiras, e abrir portas mais complicadas.
O que mais me agradou na candidatura foi ser a única que traz realmente uma lista isenta de anteriores membros de órgãos sociais. Pode ser alegada falta de experiência por isso mesmo, mas ao mesmo tempo há menos vícios e mais ideias novas.
No plano de expansão e marca penso que tem o melhor projecto, ao mesmo tempo que uma transversalidade entre modalidades que aprecio.
O meu Voto
Dias Ferreira tem a minha simpatia, mas no fim do dia não o meu voto.
Frederico Varandas tem algumas boas qualidades, o melhor plano a nível de futebol ao que me pareceu, e algumas boas pessoas com ele. Mas ao mesmo tempo tem alguns membros que tenho dúvidas da sua mais valia, e parece uma lista menos coesa que a de João Benedito. A inclusão de Rogério Alves também, para mim, é um factor negativo e não positivo. A questão de ser o mais novo a ir a votos é para mim indiferente.
A visão estratégica enquanto Clube, mais do que apenas o futebol, a ideia de liderança e carisma de João Benedito ganha-lhe no fim do dia o meu voto nas eleições de amanhã. Sei que não é o mais experiente, mas parece-me ser aquele que tem melhores condições de no dia 9 começar a unir realmente a maioria dos Sportinguistas. E o seu plano de acção de expansão e marketing também me pareceram o mais sólido.
Amanhã voto Lista A – João Benedito.
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