Ontem ao intervalo do nosso jogo com o Famalicão troquei esta mensagem com um grande amigo. O falhanço de Sporar foi visível, mesmo estando bem a dar jogo aos colegas, e olhando para o banco e ver apenas Tiago Tomás, de quem gosto muito, para entrar mostrou que falta algo no plantel. Mas o que ficava da primeira parte já era isto.
Isto ao intervalo já era óbvio, e não havia ainda lance do Coates. Já tinha havido um lance onde um jogador do Famalicão após falta sofrida tinha pontapeado a bola para longe, sem ser admoestado com amarelo como viria a suceder a Pedro Gonçalves.
Já havia também havido uma simulação de penalti de um jogador do Famalicão, um com o cabelo oxigenado, e não tinha visto amarelo nenhum. Ao contrário de Pedro Gonçalves que leva amarelo num lance em que ou sofre mesmo penalti, ou pelo menos evita um contacto faltoso à última da hora. Simulação claramente que não foi.
O mais grave, e que já estava patente na primeira parte, era a dualidade de critérios assustadora. Um campo completamente inclinado onde os jogadores do Famalicão usavam e abusavam de jogo violento sem que fosse falta, ou quando era o cartão era mostrado apenas em último recurso.
Há uma falta para vermelho claro, entrada em tackle com a sola do pé à vista, e que embate no jogador do Sporting colocando em risco a sua integridade, que é transformado em amarelo.
Há o segundo amarelo perdoado ao jogador do Famalicão após falta para amarelo claro.
Depois há o lance em que João Mário é empurrado para fora de campo, e ainda remata, dentro da área perto da linha de fim. Penalti claro, sem repetições da Sport TV nem VAR.
Com isto tudo quando Pedro Gonçalves tem uma disputa de bola, em que pode ser falta dele, ser falta do jogador do Famalicão, ou não ser falta nenhuma segundo o critério largo que Luís Godinho estava a usar, e vê uma falta a ser marcada contra si saltou-lhe a tampa. E pontapeou a bola para longe. Sim, o amarelo é justificável aí, e um profissional não o devia fazer. Mas depois de estar a ser roubado durante todo o jogo, ver claramente que estavam a ser tratados abaixo de cão pela equipa de arbitragem, rebentar é sinal que sente as coisas. Não o consigo condenar.
No fim do jogo temos o lance de Coates, onde Coates é empurrado pelo jogador do Famalicão e toca no guarda redes, fora da zona de protecção do mesmo. Se considerarmos que há intensidade suficiente de Coates para fazer falta sobre o guarda redes, temos de dizer que é penalti pois foi empurrado na mesma intensidade, ou talvez mais. E é empurrado antes de tocar no guarda redes.
Mas aqui está a armadilha. Este é um lance discutível e que vai dar jeito a muitos jornais, à associação de árbitros, e aos nossos adversários para poder dizer que o árbitro até pode ter tido razão e que foi uma arbitragem justa.
Por isso não devemos cair na tentação de falar apenas neste lance. Temos de ver que é um jogo em que o critério foi sempre para prejudicar o Sporting, durante 90 minutos. Que há pelo menos duas expulsões perdoadas, a expulsão ao Pedro Gonçalves é no mínimo discutível, pelo primeiro amarelo, e claro, há o penalti sobre Nuno Santos que não querem falar.
Isto é o que eles querem, para transformar um roubo ao nível da época da Fruta ou dos Vouchers em algo limitado num lance ao cair do pano, quando foi algo muito mais grave que isso.
Luís Godinho roubou dois pontos ao Sporting, como já o tinha feito com o Porto, somando o Sporting até agora todos os pontos do campeonato, menos os 4 sonegados por Luís Godinho. E isto é o que tem de ser dito até à exaustão.
Uma palavra de apreço para os jogadores, que reagiram em massa, mas com maneiras para evitar punições, nas redes sociais. Estão unidos, e isso sente-se. Sabem que vão ter de lutar 10x mais que os outros para ganhar, mas estão focados nisso. Boa sorte, e contem com o meu total apoio.
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