Lembro-me bem nos anos noventa como era a sensação de ir ao estádio das Antas. Um jogo rijo, normalmente acabava sempre com pelo menos um jogador expulso.
Mas por cada cartão que Fernando Couto, Jorge Costa ou Paulinho Santos levavam, até o Iordanov ou o Barbosa levavam dois.
Ontem vimos de novo isso. Aquele lance entre Filipe e Fábio Coentrão então é de bradar aos céus. Filipe impede Coentrão de repor a bola em campo, o que segundo as regras é cartão amarelo. Depois confronta e ameaça Fábio Coentrão, que com muita maturidade evita reagir. Ou seja, de novo situação para amarelo para Filipe. Resultado? Amarelo para os dois.
Não que defendesse que Filipe deveria levar os dois amarelos na mesma jogada, não faz sentido nem nunca se vê acontecer. Mas Coentrão levar é apenas fazer com que um dos melhores do Sporting fique condicionado.
Filipe no entanto não parou de distribuir fruta todo o jogo. E claro nunca passou pela cabeça de João Pinheiro voltar a mostrar qualquer cartão. Coisa que não teve problema em fazer a Acuña já no fim do jogo.
Tudo isto enquanto que ao mínimo indício de que um jogador do Sporting parava uma jogada de contra ataque em falta o amarelo surgia de pronto. Segundo as regras claro, mas apenas se houvesse o mesmo critério quando era Gelson a ser ceifado, e foi-o várias vezes sem punição.
Assim se condicionavam os jogos nos anos 90, e pelos vistos continuam a ser condicionados. E isto não é o VAR que resolve.
Todo o choro do Porto sobre as arbitragens, mas está à vista de todos o quão protegidos são.
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