Nestes estranhos dias do COVID-19 surge ao menos uma excelente decisão da FIFA, que já tinha sido pedida aqui diversas vezes. A partir de agora um clube fica proibido de comprar um jogador, apenas para o emprestar ou transferir nessa mesma janela.
E se isto por um lado elimina aquelas jogadas do Porto, fazendo circular jogadores pelo Portimonense antes de o contratar dois dias depois como no caso do Danilo, elimina ainda perigos maiores como aquele jogo da mala encapotado e legal do Benfica.
Nestes últimos anos tem sido recorrente a passagem pelo Benfica de jogadores interessantes, mas que nunca chegariam para ser de um grande. Desde Hugo Vieiras a Salvador Agra. Estes jogadores são contratados a clubes que foram simpáticos para o Benfica por verbas agradáveis para eles. E depois nunca chegam a jogar pelo Benfica.
Mais, outros clubes da Liga que também sejam simpáticos para o Benfica recorrentemente têm recebido estes jogadores por empréstimo, com os salários completamente pagos pelo clube de Carnide.
Estas malas legais ficam agora proibidas pela FIFA, mas tendo em conta que quem está no Benfica vai continuar lá, duvido que não encontrem outras formas.
Outras formas? Eu cá não sou de intrigas. Mas dizia-se por aí, em surdina, que aquele arranjinho Miguel Rosa/Deyverson se devia ao facto de o benfica andar a pagar os salários deles por baixo da mesa. Isto porque estamos a falar de jogadores que (oficialmente, pelo menos) estavam contratados em definitivo pelo belenenses (assim mesmo, em minúsuculas; o verdadeiro é o outro). Ora, como o benfica não é nenhuma ETT, consultora ou empresa de RH, este esquema será sempre ilegal aos olhos da Lei, havendo ou não acordo de cavalheiros ou assinado; aqui não interessa.
Enfim, é o que é.
Triste, é ter de ser um organismo externo, a controlar estas artes e oficios, pois os nossos organismos desportivos usam óculos muito escuros, pra não ver
isso. Nem verem os vouchers que lhe metem no bolso.