Hoje às 21:15 o Sporting voltará finalmente a casa para jogar frente ao Paços de Ferreira, num jogo a contar para a Liga NOS. Uma das perguntas que todos tínhamos até à conferência de imprensa de Rúben Amorim é se Matheus Nunes seria de novo titular ou não.
E se e pergunta desapareceu, visto Rúben Amorim ter sido peremptório em afirmar que a titularidade seria mantida, ficou no ar a outra: deveria ser Matheus Nunes titular hoje?
A pergunta nasce por Matheus ter feito uma exibição medíocre a tender para o sofrível. Se tivesse estado bem, como por exemplo o outro estreante Eduardo Quaresma, seria menos provável haver a dúvida.
Depois de uma exibição daquelas faz sentido manter a aposta no jogo seguinte? Muitos de nós acham que não, e treinadores como Jorge Jesus diriam não a plenos pulmões, mas isso para mim mostra um pouco da nossa bipolaridade mais do que qualquer outra coisa.
Quando falamos em aposta na formação, em lançar miúdos, temos de estar preparados para que falhem em lances cruciais, que se assustem num jogo e passem ao lado dele, ou que falhem o ritmo competitivo por completo numa partida.
A única maneira séria de lançar um miúdo é estar à espera disso mesmo, e quando o lançar saber que não será nunca apenas um jogo, e que será julgado por um conjunto de partidas, mais ou menos seguidas, e não apenas por um encontro.
Este erro foi cometido com Iuri Medeiros, Matheus Pereira e tantos outros, e fico feliz por Rúben não cair, pelo menos por agora, nessa mesma bipolaridade.
Quanto aos adeptos, temos de apoiar o miúdo Matheus, e ver se consegue dar o salto, focar e resultar. Tem pelo menos algumas partidas para fazer mais e melhor, e provar o talento que muitos viram nele.