Ontem escrevi um artigo a dar os parabéns à Selecção Francesa pela vitória no Mundial. E onde também elogiei o seu multi culturalismo, representante do que é a França actual (link).
Recebi alguns comentários negativos nas redes sociais sobre esse facto, e a suposta utilização de estrangeiros por parte da selecção Gaulesa.
Entre eles este comentário no próprio artigo.
Onde nasceu todo o onze Francês?
Vamos então ver onde nasceram cada um dos jogadores do onze de França. O Guarda Redes Hugo Lloris nasceu em Nice, França.
Na defesa Lucas Hernández nasceu em Marselha, Raphaël Varane em Lille, Samuel Umtiti em Yaoundé nos Camarões e Benjamin Pavard em Maubeuge, perto da fronteira com a Bélgica mas ainda do lado Francês.
No meio campo Paul Pogba nasceu em Langny-sur-Marne, Blaise Matuidi em Toulouse e N´Golo Kanté em Paris. Todo o meio campo nascido em solo Francês portanto.
Na frente de ataque Giroud nasceu em Chambéry, Antoine Griezmann em Mâcon e Kylian Mbappé é mais um Parisiense, que completa o trio de nascidos na França a actuar no ataque.
Já agora, os três suplentes que entraram também nasceram em solo Francês. Nabil Fékir em Lyon, Steven N´Zonzi em Colombes e Corentin Tolisso em Tarare.
O que dizer do único nascido fora de França
Samuel Umtiti em Yaoundé nos Camarões, logo podemos dizer que é um naturalizado a jogar pela selecção Francesa. No entanto temos de ter a noção de que chegou com os seus pais a França com apenas dois anos, para tentar uma vida mais desafogada vindo da Républica dos Camarões.
Fez toda a sua formação como cidadão, estudante e atleta em França. Como tal ao chegar à idade certa teve direito a dupla nacionalidade, e optou pela selecção Francesa.
Tendo em conta a quantidade de países na Europa que usam jogadores, que vieram para a Europa já adultos para jogar futebol, naturalizados nas suas selecções faz algum sentido criticar a França que apenas tem Umtiti, até de forma bem mais justificável.
É o mesmo caso que William Carvalho ou Manuel Fernandes, ambos nascidos em Angola, e que representaram a nossa selecção. E bem menos escandaloso que Pepe, para não falar do passado de Deco ou Pepe.
Mas a desinformação grassa aberta nas redes sociais, mas claramente que achar que esta França não é feita por Franceses acaba por ser algo mais perto do racismo do que eu gosto de ver.
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