Entre os quatro ou cinco melhor elencos para este Europeu estavam Portugal, França e Alemanha. Foi um acaso incrível, ou algo mais, mas disso falaremos mais tarde, e o Campeão da Europa em título, o Campeão do Mundo vigente e a selecção europeia mais vencedora da história todas caíram em simultâneo, nos oitavos de final. Será coincidência? Quanto a mim não.
Portugal, França e Alemanha foram a espaços bem superiores à Bélgica, Suíça e Inglaterra. Mas nenhum deles o conseguiu fazer durante todo o tempo de jogo. Portugal começou o jogo mais lento tentando poupar um pouco, e as outras rebentaram a certa altura.
A isto não será estranho o facto de ambas terem feito dois jogos de alta intensidade entre si, mais um com a Hungria, em pouco mais de uma semana. Ao terem de repente o terceiro jogo deste calibre, mesmo contra selecções ligeiramente inferiores, mas que rodaram mais, e levantaram mais o pé, em jogos na fase de grupos foi decisivo.
Mas a culpa vem muito dos sistema de apuramento para estas fases, em que se podem apanhar grupos realmente fáceis, e depois fazendo umas goleadas a uma Malta e um San Marino têm melhor goal average, e ficam à frente em ranking ao Campeão da Europa e ao Campeão do Mundo.
Ver os grupos um a um e depois ver o nosso, era absurdo, e com isto limitou-se a progressão na prova a três dos favoritos.
Já se falou em tornar os Europeus uma prova com subidas e descidas de divisão, que permitiria aos mais bem classificados manterem a posição que ganharam entre iguais, e os que chegavam vindos da segunda divisão serem espalhados, juntando grupos mais equilibrados, e fazendo jogos mais atractivos e regulares, em vez destes semi amadores que acabam por ter influência directa nos resultados finais, a quem conseguir ter mais pesos mortos na sua fase de apuramento.
Bem sei que não é de hoje, mas deixa-me realmente chateado.