Quando se tem falado nos últimos dias do não pagamento de Rúben Amorim ao Braga por parte do Sporting uma das coisas que os apoiantes desta direcção, seja nas redes sociais ou imprensa, têm feito recorrentemente é comparar o caso ao de Rojo, aquando a ida para o Manchester United.
Dizem que em ambos os casos o Sporting ficou a dever dinheiro, e uma soma até parecida. É verdade? Nem por isso.
No caso de Marcos Rojo o jogador tinha um contracto com o Sporting, que dividia depois metade do seu passe com a Doyen. O Sporting não tinha intenção de vender o jogador pelo valor que a Doyen queria que fosse feita a transferência, e pressionou o Sporting para vender.
O Sporting considerou na altura que esta situação figurava ingerência e que faria que o contracto fosse cancelado. Como tal disse que não iria pagar, e que se fosse preciso seria o tribunal a decidir.
O tribunal veio a decidir contra o Sporting, e depois disso o Sporting pagou à Doyen mal transitou em julgado. Houve uma vitória moral no meio disto, a FIFA tomou conta do caso e também por causa disto este tipo de fundos e contractos foi proibido.
No fim do dia o Sporting achava que o contracto com a Doyen não tinha validade depois das pressões, foram para tribunal, perdeu e pagou quando perdeu. Isto poderia ser comparável por exemplo ao caso com Siniša Mihajlović, isto se pagarmos entretanto, mas não com o caso de Rúben Amorim.
O caso de Rúben Amorim é algo completamente diferente. O Sporting reconhece a dívida, e sabe que a tem de pagar. Aliás, porque foi esta direcção mesmo que a fez. Apenas se está a escudar com uma emergência, emitida duas semanas depois do pagamento já estar em falta, para tentar agora negociar outras formas de pagamento.
Não acham a dívida ilegal, não metem em tribunal, nem faria sentido, apenas não têm dinheiro para pagar uma compra que fizeram há menos de dois meses. E isso sim é grave e irresponsável.
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