Ontem decorreu mais uma Assembleia Geral Ordinária do Sporting Clube de Portugal, com os pontos habituais de aprovação de contas, ao que se somou o ponto de aprovação da mudança de nomes das portas para antigas glórias do clube.
Um dos objectivos das Assembleias Gerais é discutir e aprovar as contas do clube. Neste momento do clube nada disso se faz.
Ninguém está interessado em discutir as contas. A direcção, ao escolher as horas da Assembleia Geral, não quer promover que se faça um debate sério e concorrido. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, ao fazer esta modalidade de voto presencial, mas que pode começar ainda antes do discurso de abertura do Presidente, também promove tudo menos isso.
E depois claro, quem tem usado da palavra nestas Assembleias Gerais vai lá para elogiar a direcção, raros, ou para atacar a direcção por todos os motivos que se lembrarem, justos ou não, e raramente sobre contas.
Isto é claro numa Assembleia Geral feita em Lisboa a um dia de semana. Se era para este sistema de votação que se fizesse um sistema de voto eletrónico, com alternativa pessoal. E em vez de uma Assembleia Geral deste cariz que se fizesse antes uma, ou várias, em Lisboa ou outra localidade, e transmitida nos núcleos.
Agora no sistema actual serve apenas para uma data de gente, dos dois lados da barricada, andarem às turras uns com os outros.
O Presidente Varandas disse serem apenas 400 a fazerem ruído e a votar contra. Acredito que serão mais, mas muito menos do que também eles pensam. Agora também sei de uma coisa, tanto estes sócios “indignados” como os que os contrapõem do lado da actual direcção são uma minoria.
A grande maioria dos adeptos do Sporting que eu conheço está completamente à margem desta confusão, e farta de que duas grupetas de Sportinguistas andem a fazer tudo isto. Mas que estão na sua legitimidade democrática de a fazer, e como tal se quiserem, continuem.
Mas também sou sincero, enquanto for este o clima dificilmente apanham-me numa Assembleia Geral tão cedo. E quanto ao apoio ou não a Frederico Varandas enquanto presidente, será dada a resposta em Março de 2022, nas eleições. É esperar pouco mais de seis meses, e sem precisarmos de peixeiradas.
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