Vários antigos jogadores do Sporting ao longo dos anos vêm frisando uma coisa que cada vez faz mais sentido: O Sporting não pode ser interpretado por alguns jogadores, especialmente da formação, como um trampolim.
Antigamente o objectivo de carreira de qualquer jogador da nossa formação era chegar ao plantel principal. Vencer pelo plantel principal. E quem sabe tornar-se uma lenda do clube.
Hoje em dia muitos falam de que o sonho era jogar neste ou naquele clube milionário estrangeiro. E isto é um problema grave.
Que depois leva a outro, dos jogadores que assinam contratos milionários, acompanhados de longa duração e cláusulas de rescisão altas para compensar, e que passado uns anos vêm com o argumento de que o clube devia também pensar neles e os devia deixar sair para assinarem chorudos contratos.
Acredito que ele tentou proteger o seu clube. Mas no futebol, quando se representa um clube, é mais importante proteger a pessoa ou o jogador.
Estas declarações recentes de Adrien Silva, sobre o Presidente do Sporting, foram um exemplo triste disso mesmo. O Presidente do Clube tem de defender sempre primeiro o clube. Acima de qualquer jogador ou pessoa.
Se o jogador pensa que daqui a 3 anos quer dar o salto para outro lado, e por valores que facilitem o negócio, rejeite a renovação por 5 anos e um belo ordenado. Peça para receber um valor um pouco menor, e que apenas aceita por 3 anos.
A partir daí apenas depende do jogador sair para onde quiser ao fim desse tempo. Agora vêm falar que Rui Patrício tem o Nápoles interessado e que financeiramente e desportivamente podia ser interessante para ele.
Sem problema, façam chegar ao Sporting um valor que seja bom para o clube, ou caso não haja consenso que paguem a cláusula de rescisão. O Clube por certo que preferia ficar com o jogador. O jogador assinou contrato em 2016 até 2022, com um ordenado alto, e aumento da cláusula de rescisão.
Quando falam em que se devia respeitar o jogador, acho fundamental. Mas isso não se respeita aceitando propostas abaixo do que seria bom para o clube, isso é desrespeitar o clube e o acordo assinado. O Clube respeita o jogador pagando-lhe o ordenado e restantes remunerações a tempo e horas, como acontece.
Sinceramente por mim Rui Patrício apenas sairia pela cláusula de rescisão. Não vejo outro que gostasse mais de ter por cá que ele. Não sou o Presidente do Sporting, e como tal não terei de tomar uma decisão difícil se aparecer uma boa proposta financeira. Se o Presidente, o jogador, e um clube comprador, todos concordarem com um negócio, aceito.
Mas felizmente o tempo de bastar um jogador ver alguém acenar com notas lá de fora par ao Sporting vender ao desbarato já acabou.
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