Circo Benfica

A diferença na questão dos Convites que a Cartilha tenta ignorar

Muito se tem falado na questão dos convites pedidos por Mário Centeno, Ministro da Economia, e António Costa, Primeiro Ministro e na altura Presidente da Câmara de Lisboa.

Bem sabemos que Centeno tem a pasta que indirectamente lida com as gigantescas dívidas dos dirigentes vermelhos. E que António Costa na altura dos convites conseguiu que se perdoasse mais de dois milhões em impostos à Câmara de Lisboa por parte do Benfica.

No entanto o contra argumento de que Centeno e Costa já foram vistos em Alvalade e no Dragão, tal como outros titulares de cargos de relevo, surge logo. Mas existe uma enorme diferença que tentam fortemente ignorar.

Convites e Pedidos

Se eu convidar alguém para ir jantar a minha casa essa pessoa é capaz de achar cortês. E claramente que será algo positivo na sua relação comigo. No entanto dificilmente ficará em dívida para comigo.

Agora imaginem a situação inversa. Eu não convidei essa pessoa, mas ela vem ter comigo e pede para ir lá jantar a minha casa. A dívida claramente que fica presente. Pior, se essa pessoa estiver a tratar algo em que eu esteja envolvido, claramente que fica a ideia de que me está a pedir um favor para tratar do outro.

Então porque não falam nas outras presenças?

Não se fala das outras presenças porque toda a gente assume que personalidades deste tipo são convidadas para estes jogos. Claro que não todos ao mesmo tempo, mas não deixa de ser natural.

Como tal ninguém questiona as presenças de António Costa em Alvalade ou Dragão, tal como não se tinham questionado na Luz. Agora tudo muda de figura.

António Costa pelos vistos quando era convidado pedia um bilhete extra. Sinceramente acho de gravidade menor, é como alguém quando é convidado dizer se pode levar o filho. Não me choca.

Agora a questão de Mário Centeno é claramente pedir o jantar, e não só. É que ao pedir para a tribuna presidencial é quase o mesmo que pedir para ir jantar lá a casa, mas dizer que tens de convidar um chef e comprar uma garrafinha de 200€ para se beber. Se é crime? Não sei, mas imoral claramente é. E num país em que isto se leva a sério já teria sido investigado. E pelo menos todos os políticos ligados ao caso se teriam demitido.


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Comentários

Um comentário a “A diferença na questão dos Convites que a Cartilha tenta ignorar”

  1. Orlando Teixeira

    O mais grave nem é isso. O mais grave é o que vem expresso na Visão, quando é exposto um pedido de bilhetes para a zona VIP, efectuada por um deputado e um Edil francês, pedidos esses que é negado por, pasme-se, ser já reincidente e o Benfica não ter retorno sobre os mesmos, leia-se, não tenha ganho nada com eles. Isto revela que o Benfica oferece bilhetes para jogos, fá-lo na expectativa de vir a ganhar com a intervenção futuro dos convidados. Como diria Peça, E esta hein?

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