Ontem com a chegada de Pedro Gonçalves ao Sporting escrevi um pouco sobre os 50% que comprávamos, e quem seria o dono dos restantes. E como não poderia deixar de ser em qualquer assunto sobre o Sporting, levantou-se uma polémica gigante nos comentários.
Por um lado criticou-se e muito esta opção, mesmo que sem fundamentar muito a razão, por outro lado defendeu-se a mesma cegamente, falando apenas no retorno desportivo que isto poderia ter.
E se por um lado apenas criticar cegamente é mau, fechar os olhos aos enormes riscos inerentes a ter potenciais pérolas em quantidade neste sistema é também muito grave. Diria até que mais grave ainda.
Ao contratar jogadores com enorme potencial, como Pedro Gonçalves ou Plata, desta forma pode trazer a médio prazo algum resultado positivo desportivo, mas manieta no futuro as aspirações do clube em crescimento.
O Porto usou e abusou deste método, tanto da forma directa como através de fundos enquanto estes foram legais, e cada ano que passa piora a sua gestão económica e de tesouraria. É certo que tiveram sucesso desportivo, e quem me dera ter o mesmo deles, mas a cada ano que passa ficam mais dependentes de uma venda para se manterem apenas à tona. É que ao vender jogadores de que se tem metade do passe ou menos gera um problema grande, ao obrigar a vender mais jogadores a cada ano para manter os custos correntes, e como se faz menos lucro obriga-se a apenas se conseguir contratar neste formato.
Neste momento no Sporting temos 3 jogadores dos quais teremos direito a metade do valor da próxima transferência, Plata, Vietto e Pedro Gonçalves, e ainda não é demasiado grave. Temo no entanto que se este caminho for usado como atalho para chegar mais rápido a planteis competitivos a curto prazo os nossos problemas de tesouraria aumentarão, e tendo em conta as notícias que temos tido já não são brilhantes.
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